A capacidade de financiamento da economia fixou-se em 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano terminado no 4º trimestre de 2015, idêntica à observada no trimestre anterior. A poupança bruta aumentou 0,2%, verificando-se um crescimento do Rendimento Disponível Bruto (RDB) da nação (0,6%) ligeiramente inferior ao aumento da despesa de consumo final da economia (0,7%). O PIB e o Rendimento Nacional Bruto (RNB) aumentaram 0,8% e 0,6% no 4º trimestre de 2015. A evolução do RNB refletiu a redução do saldo dos rendimentos de propriedade com o exterior (taxas de variação de -6,1% nos rendimentos recebidos e 0,3% nos rendimentos pagos).
A taxa de poupança das Famílias fixou-se em 4,2%, menos 0,2 pontos percentuais (p.p.) que o trimestre precedente, traduzindo o maior aumento do consumo privado comparativamente ao observado no rendimento disponível (variações de 0,7% e 0,5%, respetivamente). A capacidade de financiamento das Sociedades Não Financeiras foi 0,6% do PIB (0,5% no trimestre precedente), observando-se uma diminuição da taxa de investimento deste setor institucional para 20,1% do PIB (menos 0,3 p.p. que no trimestre anterior).
A necessidade de financiamento das Administrações Públicas (AP) aumentou, passando de 3,1% do PIB no ano acabado no 3º trimestre de 2015 para 4,4%. Esta redução do saldo das AP foi determinada pelo registo da operação de resolução do Banif no 4º trimestre de 2015 com um impacto correspondente a 1,4% do PIB.
Considerando o conjunto do ano 2015, o saldo global das AP fixou-se em -7893,0 milhões de euros, correspondente a -4,4% do PIB (-7,2% do PIB em 2014).