A capacidade de financiamento da economia situou-se em 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano terminado no 4º trimestre de 2016, mais 0,3 pontos percentuais (p.p.) que a observada no trimestre anterior. A poupança bruta aumentou 1,7%, verificando-se um aumento do Rendimento Disponível Bruto (RDB) da nação superior ao acréscimo da despesa de consumo final da economia. O Rendimento Nacional Bruto (RNB) registou uma taxa de variação de 1,1%, superior em 0,4 p.p. à taxa de variação do PIB, refletindo a melhoria do saldo dos rendimentos de propriedade com o exterior.
A taxa de poupança das Famílias fixou-se em 4,4%, menos 0,2 p.p. que no trimestre precedente, refletindo um crescimento ligeiramente mais elevado da despesa de consumo final comparativamente com o do rendimento disponível (1,0% e 0,8%, respetivamente). A capacidade de financiamento das famílias passou de 1,2% para 0,8% do PIB no 4º trimestre de 2016, enquanto os saldos das sociedades não financeiras e das sociedades financeiras representavam 0,4% e 2,2% do PIB, respetivamente.
A necessidade de financiamento das Administrações Públicas (AP) diminuiu 1,7 p.p., passando de 3,8% do PIB no ano acabado no 3º trimestre de 2016 para 2,1%. Esta diminuição resultou do efeito conjugado do aumento de 0,7% da receita e de uma redução de 3,0% da despesa. Tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP situou-se em cerca de 49,9 milhões de euros no 4º trimestre de 2016, correspondendo a 0,1% do PIB (-6,8% em igual período do ano anterior).
Considerando o conjunto do ano 2016, o saldo global das AP fixou-se em -3807,3 milhões de euros, correspondente a 2,1% do PIB (-4,4% do PIB em 2015).