De acordo com as intenções manifestadas pelas empresas no Inquérito de Conjuntura ao Investimento de outubro de 2016 (com período de inquirição entre 1 de outubro de 2016 e 18 de janeiro de 2017), o investimento empresarial em termos nominais deverá apresentar uma taxa de variação de 3,8% em 2017. Os resultados deste inquérito apontam ainda para um aumento de 6,5% do investimento em 2016, traduzindo uma ligeira revisão em alta face às perspetivas reveladas no inquérito anterior (variação de 6,0%) e uma revisão mais acentuada face às perspetivas reveladas no inquérito de outubro de 2015 (variação de 3,1%).
Entre os objetivos do investimento, perspetiva-se, entre 2016 e 2017, uma redução da importância relativa dos investimentos orientados para a substituição, para a extensão da capacidade de produção e para outros investimentos, enquanto o investimento associado à racionalização e restruturação verá o seu peso relativo aumentar. O investimento de extensão da capacidade de produção destacou-se por ser o mais referido em ambos os anos.
O principal fator limitativo do investimento empresarial identificado pelas empresas nos dois anos analisados foi a deterioração das perspetivas de venda, seguindo-se, em 2016, a insuficiência da capacidade de autofinanciamento e, em 2017, a incerteza sobre a rentabilidade dos investimentos. Entre 2016 e 2017 prevê-se um aumento do peso relativo da deterioração das perspetivas de venda e da dificuldade em obter crédito bancário e uma redução do peso relativo da capacidade de autofinanciamento.