• A capacidade de financiamento da economia reduziu-se no ano acabado no 3º trimestre de 2020, passando de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no trimestre anterior para um valor aproximadamente nulo. O Rendimento Disponível Bruto (RDB) e o PIB nominal diminuíram 0,9% e 1,0% no ano acabado no 3º trimestre de 2020 (-2,8% e -3,3% no trimestre anterior, respetivamente).
• No mesmo período a capacidade de financiamento das Famílias aumentou 0,3 p.p., para 4,3% do PIB e a taxa de poupança atingiu 10,8% (10,5% no trimestre anterior). Este resultado refletiu o aumento de 0,4% do RDB e uma variação nula do consumo privado.
• O saldo das Sociedades Não Financeiras aumentou 1,0 p.p. no 3º trimestre, fixando-se em -2,2% do PIB, refletindo sobretudo a redução do Imposto sobre o Rendimento e da Formação Bruta de Capital em 19,6% e 2,4%, respetivamente. A capacidade de financiamento das Sociedades Financeiras estabilizou em 1,9% do PIB.
• O saldo do setor das Administrações Públicas (AP) reduziu-se em 2,1 p.p. no ano terminado no 3º trimestre de 2020, representando uma necessidade de financiamento de 4,0% do PIB. Tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP no 3º trimestre de 2020 atingiu -1.975,6 milhões de euros (-3,8% do PIB, o que compara com -10,5% no trimestre anterior). Considerando o conjunto dos três primeiros trimestres de 2020, o saldo das AP fixou-se em -4,9% do PIB (0,7% em igual período de 2019).
Apesar das circunstâncias determinadas pela pandemia COVID-19, o INE apela à melhor colaboração das empresas, das famílias e das entidades públicas na resposta às suas solicitações. A qualidade das estatísticas oficiais, particularmente a sua capacidade para identificar os impactos da pandemia COVID-19, depende crucialmente dessa colaboração que o INE antecipadamente agradece.