A economia portuguesa apresentou um saldo externo de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano acabado no 3º trimestre de 2021 (0,1% no trimestre anterior). O Rendimento Nacional Bruto (RNB) e o Rendimento Disponível Bruto (RDB) aumentaram 1,4% e 1,5%, respetivamente, no ano acabado no 3º trimestre (depois de incrementos de 3,7% e 4,0% no trimestre anterior), tendo o PIB nominal aumentado 1,5% (variação de 3,6% no ano acabado no 2º trimestre de 2021).
No 3º trimestre de 2021, a capacidade de financiamento das Famílias diminuiu 0,5 pontos percentuais (p.p.), para 4,9% do PIB e a taxa de poupança fixou-se em 11,3% (11,7% no trimestre anterior), refletindo o crescimento de 1,2% do consumo privado, acima do aumento do rendimento disponível.
O saldo das Sociedades Não Financeiras fixou-se em -2,1% do PIB, menos 1,1 p.p. que no trimestre anterior, traduzindo o aumento simultâneo da Formação Bruta de Capital (3,4%) e das remunerações (1,7%). A capacidade de financiamento das Sociedades Financeiras diminuiu 0,1 p.p. para 1,5% do PIB.
A necessidade de financiamento das Administrações Públicas (AP) diminuiu 2,0 p.p. no ano terminado no 3º trimestre de 2021, para 3,9% do PIB. Tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP no 3º trimestre de 2021 atingiu o valor positivo de 1 904,1 milhões de euros, correspondentes a 3,5% do PIB, o que compara com -4,2% no período homólogo. Note-se, no entanto, que este resultado é influenciado pelo registo no 3º trimestre como transferência de capital recebida, o reembolso da margem pré-paga e respetivos juros de aplicação, no montante de 1 114,2 milhões de euros retida aquando da concessão do empréstimo, pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira ao Estado Português.