Portugal 2016

ACTIVIDADE ECONÓMICA COMÉRCIO INTERNACIONAL ECONOMIC ACTIVITY INTERNATIONAL TRADE 78 Em 2016 o grau de abertura da economia portuguesa, medido pelo rácio entre o valor da soma das exportações e das importações de bens e o valor do PIB, a preços correntes, foi de 60,2%, o que representa uma redução de 1,1 p.p. face ao ano precedente, após os sucessivos aumentos ocorridos entre 2010 e 2014. A evolução deste indicador tem sido condicionada pelo andamento global da economia, evidenciando-se a relação direta entre o ciclo económico e a abertura da economia, sendo aí de destacar os mínimos no grau de abertura quer em 2003, quer em 2009. Em todo o caso, a tendência longa é de aumento do grau de abertura às trocas com o exterior: em 1995 este indicador situava- se em 49,0%, o que compara com o referido valor de 60,2% registado em 2016. A União Europeia (UE28) continuou em 2016 a ter o maior peso no destino (75,1%) e na origem (77,8%) das trocas comerciais. Estes resultados representam uma mudança na tendência para a diminuição da importância da UE28 que se desenhava desde 2000, mais atenuada no caso das importações. Neste conjunto destaca-se a Espanha, que alcançou um peso nas exportações de 25,9% e nas importações de 32,9%. A França foi o segundo país do “ranking”, com um peso nas exportações de 12,6% e nas importações de 7,7%. A Alemanha foi o terceiro país, pesando 11,8% no destino das mercadorias exportadas e 13,4% na origem das importações. Mais afastado, e na quarta posição, encontrava-se o Reino Unido, com 7,1% do valor total exportado e 1,3% no valor das importações. No âmbito dos PALOP, os fluxos comerciais com Angola apresentaram a maior quota, se bem que em quebra, quer nas exportações, quer nas importações (no caso das exportações, a quota deste país foi de 3,0% em 2016, o que compara com o valor de 4,2% em 2015). Ainda no plano das exportações, Angola ocupou em 2016 a 8ª posição (6ª e 4ª posições em 2015 e 2014, respetivamente), o que está associado a uma diminuição de -28,5% do valor das exportações para esse destino (quebra de -33,9% em 2015). Os outros países com maior peso nas exportações de mercadorias portuguesas em 2016, e que em conjunto com os anteriores compõem os 10 mercados mais relevantes, são os Estados Unidos da América (4,9%, 5ª posição), os Países Baixos (3,7%, 6ª posição), a Itália (3,5%, 7ª posição), a Bélgica (2,4%, 9ª posição) e Marrocos (1,4%, 10ª posição). Observe-se que entre os 10 principais destinos das exportações de Portugal se encontram 7 países pertencentes à União Europeia. Quanto às importações, há a salientar que os países da UE mais relevantes para as exportações ocuparam também posições de realce nas importações de Portugal, pois estão entre os dez fornecedores mais importantes. Os restantes são a China (3,0%, 7ª posição), a Rússia (1,9%, 9ª posição) e o Brasil (1,7%, 10ª posição).

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