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ontas económicas da agricultura
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13 - Contas económicas da Agricultura
A segunda estimativa das
Contas Económicas da
Agricultura
(Base 2006)
1
registou, para 2011, um
decréscimo nominal, embora ligeiro, da
Produção
do Ramo Agrícola
a preços de base (-0,6%) e um
aumento do
Consumo Intermédio
(+5,5%). O
Valor
Acrescentado Bruto
(VAB) observou uma diminuição
de 10,8% em termos nominais, refletindo a diferença
significativa de amplitude na evolução dos preços na
Produção (+0,2%) e no Consumo Intermédio
(+9,3%).
Figura 13.1
A produção agrícola de 2011, em particular a
produção vegetal, foi afetada pela adversidade das
condições cl imatéricas, nomeadamente pela
abundante precipi tação no inverno e pelas
temperaturas elevadas na primavera e no verão, que dificultaram os trabalhos de sementeira e prejudicaram o
desenvolvimento das culturas. Aevolução da Produção do RamoAgrícola decorreu de comportamentos distintos
das componentes da produção, com a Produção Animal a aumentar, em termos nominais, 5,4% e a Produção
Vegetal a diminuir 5,5%.
A
Produção Vegetal
diminuiu, face a 2010, em resultado de variações negativas em volume (-1,8%) e
preço (-3,8%). As culturas com contributos mais significativos para estes decréscimos em valor foram os
Vegetais e Produtos Hortícolas e o Vinho.
Figura 13.2
No caso dos Vegetais e Produtos Hortícolas, a
redução em volume (-2,5%) ficou a dever-se,
sobretudo, ao tomate para a indústria. Efetivamente,
apesar da manutenção da ajuda transitória ter
contribuído para a renovação de contratos entre
organizações de produtores e industriais, a
campanha de produção foi prejudicada pela
precipitação intensa, que deteriorou a produtividade.
Em termos de preço, os Vegetais e Produtos
Hortícolas terão registado um decréscimo de 9,6%,
para o qual contribuíram, entre outros fatores, o surto
de
E.coli
e os elevados preços que tinham sido
observados no tomate para consumo em 2010.
Relativamente ao Vinho, as condições climatéricas
penalizaram o estado sanitário das uvas, conduzindo
a um decréscimo no volume produzido. Contudo, a
qualidade do Vinho não terá sido comprometida.
O aumento em valor da
Produção Animal
em 2011
terá resul tado da conjugação de uma quase
manutenção em volume (+0,5%) e de um aumento
dos preços base (+4,9%). Para estes resultados terão
contribuído os acréscimos nominais nas produções
de Bovinos (+17,6%) e Leite (+8,6%).
Figura 13.3
(
variação em volume, preço e valor
)
Figura 13.1 - Produção do Ramo, Consumo
Intermédio e VAB em 2011
-1,8
0,5
-0,8
-3,4
3,6
-3,8
4,9
0,2
9,3
-13,8
-5,5
5,4
-0,6
5,5
-10,8
-15
-10
-5
0
5
10
Produção
Vegetal
Produção
Animal
Produção do
Ramo
Agrícola
Consumo
Intermédio
VAB
%
Volume
Preço
Valor
Figura 13.2 - Produção Vegetal em 2011
(
variação em volume e preço dos principais produtos
)
9,9
-4,9
1,5
-2,5
3,4
1,2
-17,1
5,1
-4,4
3,3
-9,6
-6,2
-2,6
-0,4
- 20
- 15
- 10
- 5
0
5
10
Cereais
Industriais
Forrageiras
Hortícolas
Batata
Frutos
Vinho
%
volume
preço
Figura 13.3 - Produção Animal em 2011
(
variação em volume e preço dos principais produtos
)
5,7
0,6
-1,4
0,3
11,2
-2,5
4,3
8,2
- 5
0
5
10
15
Bovinos
Suínos
Aves de
Capoeira
Leite
%
volume
preço
1 - De acordo com o Regulamento (CE) N.º 138/2004 das Contas Económicas da Agricultura, o calendário de reporte de informação ao
Eurostat prevê o envio da segunda estimativa em Janeiro do ano seguinte ao ano de referência. Nessa medida, os dados divulgados
(reportados em Janeiro de 2012) ainda não apresentam um carácter definitivo.