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Estatísticas Agrícolas 2011
A extração de
Cortiça
evoluiu de forma decrescente entre 2000 e 2010, não tendo retomado os níveis de
produção de 2000, ano em que os preços foram muito elevados. Efetivamente, o estado de envelhecimento de
alguns montados e a diminuição dos preços pagos ao produtor contribuiu para uma situação de redução da
extração de cortiça desde então. Todavia, atualmente, o relançamento deste produto nos mercados nacional e
internacional, sob a forma de rolhas, material de isolamento acústico e térmico ou acessórios de moda, tem
conduzido a uma recuperação da produção. Assim, por oposição a 2009, ano em que se reteve na árvore
cortiça passível de extração dado o seu baixo preço, em 2010 verificaram-se acréscimos do volume e valor de
produção, em cerca de 4,0% e 6,1%, respetivamente.
Consumo intermédio. Rácios consumo intermédio/produção
Por oposição ao ano de 2009, o Consumo Intermédio
(CI) da silvicultura apresentou, em 2010, uma
evolução crescente em termos nominais (+4,6%),
em resultado, sobretudo, do crescimento do volume
(+3,3%).
A relação entre o CI e a Produção, através do
rácio
CI/Produção
, revela que os últimos anos foram
desvantajosos, em termos económicos, para o
produtor florestal. De facto, observou-se um
acréscimo entre 2000 e 2010 de 7,1 p.p. (passando
de 20,6% a 27,7%), o que traduz uma situação
adversa à atividade.
Os resul tados deste indicador podem ser
complementados com a análise da relação entre os
preços da Produção e do CI (“tesoura de preços”),
a qual revela uma evolução desfavorável para o
produtor, em todos os anos em análise, com exceção
para 2006. Comefeito, o custo dos meios de produção
teve um impacto bastante negativo na atividade
florestal, dado que a evolução dos preços da
produção não acompanhou o aumento daqueles, em
particular o custo da energia. Em 2010, apesar da
relação entre os preços na produção e as despesas
correntes da atividade se manter desvantajosa,
observou-se uma ligeira melhoria face a 2009.
Figura 14.4
Rendimento empresarial líquido
Refletindo o comportamento da Produção e do VAB,
o
Rendimento Empresarial Líquido
(REL) da
atividade silvícola de 2010 aumentou cerca de
10,4% em relação a 2009, contrariando a tendência
decrescente observada desde 2000.
Este indicador exprime o rendimento da silvicultura
e é determinado subtraindo ao VAB os outros
custos da atividade (Consumo de capital fixo,
Remunerações a pagar, Outros impostos à
produção e Rendas e Juros a pagar), para além
do CI e adicionando os Outros subsídios à
produção e os Juros a Receber.
Figura 14.5
Figura 14.4 - Tesoura de preços
(IP Produção / IP Consumo Intermédio)
94,9
90,6
104,2
94,2
97,9
99,0
80
90
100
110
120
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010P
IP Produção / IP CI
Figura 14.5 - Rendimento Empresarial Líquido
0
200
400
600
800
1000
1200
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010 Po
10
6
Figura 14.3 - Consumo Intermédio
(preços correntes)
0
50
100
150
200
250
300
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010 Po
10
6
CI preços constantes
CI preços correntes