Retrato Territorial de Portugal

165 A COMPETITIVIDADE E A INOVAÇÃO NAS REGIÕES PORTUGUESAS RETRATO TERRITORIAL DE PORTUGAL Os dados das Contas Regionais Portuguesas revelam que, em 2015, a Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve eram as únicas regiões a apresentar índices de PIB por habitante acima da média nacional. Entre 2000 e 2015, em todas as regiões NUTS II, com exceção do Alentejo, verificou-se uma aproximação do valor do PIB por habitante à média nacional. Em 2015, apenas quatro das 25 sub-regiões NUTS III superavam o valor médio nacional do PIB per capita : o Alentejo Litoral e a Região de Leiria, para além da Área Metropolitana de Lisboa e do Algarve. No entanto, o crescimento económico das regiões portuguesas não foi constante ao longo do período 2000-2015: no país e em todas as regiões NUTS II com exceção do Algarve, o crescimento médio anual real do PIB foi positivo nos períodos 2000-2005 e 2005-2010 e negativo no quinquénio 2010-2015. Entre 2000 e 2014, a estrutura produtiva portuguesa seguiu uma trajetória de terciarização que resultou da perda de importância do setor secundário mas também do setor primário para a criação de VAB. Esta tendência foi comum em todas as sub-regiões NUTS III, com exceção do Baixo Alentejo, única sub-região onde o VAB do setor terciário perde importância relativa. As disparidades setoriais mais expressivas na produtividade aparente do trabalho registaram-se nas sub-regiões onde os valores de VAB por indivíduo empregado do setor secundário foram superiores aos do setor terciário: Baixo Alentejo, Alentejo Litoral, Terras de Trás-os-Montes, Beira Baixa, Douro e Alto Tâmega. Em Portugal, o valor das exportações de bens tem vindo a ganhar importância no PIB nacional desde 2010. As quatro sub-regiões NUTS III - Ave, Região de Aveiro, Cávado e Tâmega e Sousa - que apresentaram um maior crescimento médio anual real do PIB no período 2010-2015, apresentaram também valores acima da média nacional na intensidade exportadora no triénio 2013-2015.

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