Retrato Territorial de Portugal

22 A DIFERENCIAÇÃO TERRITORIAL DO TURISMO A informação do SIOU que resulta do Inquérito aos projetos de obras de edificação e de demolição de edifícios permite analisar os edifícios licenciados bem como a superfície das obras licenciadas, permitindo assim uma aproximação à noção de edificação potencial. Em 2016, cerca de 57% da superfície de edificação licenciada para construções novas destinadas ao turismo localizava-se em solo urbano 6 . Em 2014 esta proporção era de 65%, revelando um aumento da importância da superfície licenciada para construções novas para turismo em solo rústico (por oposição ao decréscimo verificado em solo urbano). ENTRE 2014 E 2016, A PROPORÇÃO DA SUPERFÍCIE DE EDIFICAÇÃO LICENCIADA PARA CONSTRUÇÕES NOVAS EM SOLO RÚSTICO AUMENTOU Ao nível das regiões NUTS III e considerando o conjunto do período de 2014 a 2016, verifica-se uma maior concentração da superfície licenciada destinada ao turismo em solo urbano (acima de 90% do total) na Região Autónoma da Madeira e em sub-regiões do Litoral norte do Continente (Cávado, Área Metropolitana do Porto, Região de Aveiro) mas também nas sub-regiões do Douro, Médio Tejo e Alto Alentejo. Por outro lado, o licenciamento de construções novas destinadas ao turismo em solo rústico era mais relevante em algumas sub-regiões do Centro (Beira Baixa, Beiras e Serra da Estrela, Oeste), bem como no Baixo Alentejo, no Alentejo Central e na Região de Leiria, sub-regiões em que mais de 80% da superfície licenciada destinada ao turismo se localizava em solo rústico [Figura I.3 e Figura I.4]. 6 Proporção da superfície de construção nova destinada ao turismo em solo urbano (obras licenciadas) : Superfície de construção nova destinada ao turismo em solo urbano (obras licenciadas) / Total de superfície de construção nova destinada ao turismo (obras licenciadas) x 100.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM5MTA=