Retrato Territorial de Portugal

6 Sumário Executivo Na presente edição do Retrato Territorial de Portugal apresenta-se o estudo aprofundado de três temáticas - A diferenciação territorial do turismo , A sustentabilidade demográfica dos territórios e A competitividade e a inovação nas regiões portuguesas . A temática referente à diferenciação territorial do turismo apresenta uma perspetiva de análise tripartida, centrando-se no diagnóstico territorial da dinâmica de construção decorrente da edificação e reabilitação de alojamentos hoteleiros, na análise da oferta de alojamento turístico à luz dos elementos estatísticos disponíveis de categorização, qualificação e dimensão e na leitura da procura turística numa perspetiva territorial com base na caracterização das principais proveniências dos turistas. A análise relativa à sustentabilidade demográfica dos territórios encontra-se estruturada em três vetores que focam a leitura das assimetrias territoriais da evolução da população, a tendência de envelhecimento e a (in)capacidade de renovação demográfica dos territórios, os padrões territoriais de fecundidade e o papel que a população estrangeira desempenha neste contexto. Por fim, na análise sobre a competitividade e a inovação nas regiões portuguesas são identificados três pontos de análise relativos ao desempenho económico das regiões e condições para a inovação, ao conteúdo tecnológico das regiões e dinâmica das empresas de base tecnológica, e aos resultados da inovação nas regiões portuguesas. Apresentam-se em seguida os principais resultados que ressaltam da análise desenvolvida em cada temática. A DIFERENCIAÇÃO TERRITORIAL DO TURISMO No triénio 2014-2016, mais de metade da superfície de construções novas da Região Autónoma da Madeira destinava-se ao turismo No triénio 2014-2016, mais de metade (57,4%) da superfície de construções novas da Região Autónoma da Madeira destinava-se ao turismo. Seguiam-se, com proporções menores mas acima da média nacional neste indicador, as regiões NUTS II Algarve (9,0%), Região Autónoma dos Açores (7,1%) e Alentejo (7,0%). Entre 2014 e 2016, a proporção da superfície de edificação licenciada para construções novas em solo rústico aumentou Em 2016, cerca de 57% da superfície de edificação licenciada para construções novas destinadas ao turismo localizava-se em solo urbano. Em 2014 esta proporção era de 65%, revelando um aumento da importância da superfície licenciada para construções novas para turismo em solo rústico (por oposição ao decréscimo verificado em solo urbano). Em 2016, em algumas sub-regiões do Centro (Beira Baixa, Beiras e Serra da Estrela, Oeste), bem como no Baixo Alentejo, no Alentejo Central e na Região de Leiria, mais de 80% da superfície licenciada destinada ao turismo localizava-se em solo rústico. No período 2011-2016, em 114 municípios a proporção de superfície objeto de reabilitações físicas face ao total de superfície de obras no edificado destinado ao turismo foi superior a 50% No período 2011-2016, 114 dos 308 municípios portugueses registavam uma proporção de superfície objeto de reabilitações físicas face ao total de superfície de obras no edificado destinado ao turismo superior a 50%, destacando-se um conjunto de 63 municípios, localizados maioritariamente nas regiões Centro (21) e Norte (19), em que o total

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