Retrato Territorial de Portugal

81 A SUSTENTABILIDADE DEMOGRÁFICA DOS TERRITÓRIOS RETRATO TERRITORIAL DE PORTUGAL O PADRÃO TERRITORIAL OBSERVADO PARA 2016 INDICAVA UMA MAIOR CONCENTRAÇÃO POPULACIONAL NO LITORAL, E EM ESPECIAL NAS ÁREAS METROPOLITANAS, POR OPOSIÇÃO AO INTERIOR DO CONTINENTE Não obstante a redução registada, os municípios de Lisboa e Porto continuavam, em 2016, a figurar entre os mais densamente povoados, sendo apenas superados pelos municípios da Amadora e Odivelas. O padrão territorial da densidade populacional para 2016 evidencia que o povoamento era mais intenso no Litoral, numa faixa de Viana do Castelo a Setúbal, e a Sul, de Lagos a Vila Real de Santo António, por oposição aos municípios localizados no Interior do Continente que registavam valores inferiores a 50 habitantes por km 2 . Eram visíveis densidades populacionais particularmente elevadas nos municípios das duas áreas metropolitanas: dos 35 municípios metropolitanos, apenas Arouca não apresentava um valor de densidade superior à média nacional [Figura II.2]. Com efeito, observa-se entre 2000 e 2016 uma continuidade do processo de litoralização e bipolarização da população residente em torno das duas áreas metropolitanas, ainda que de forma mais saliente na Área Metropolitana de Lisboa, lido através dos centróides ponderados pela população e pelas elipses-padrão calculadas para as NUTS II e para o Continente. Por outro lado, o Interior do Continente apresentava densidades populacionais reduzidas em consequência do processo de despovoamento que se tem verificado na generalidade destes territórios. Nas regiões autónomas, com valores de densidade superiores a 250 habitantes por km 2 , destacavam-se os municípios do Funchal, Câmara de Lobos, Santa Cruz e Machico na Região Autónoma da Madeira e os municípios de Lagoa e Ponta Delgada na Região Autónoma dos Açores [Figura II.2].

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