Retrato Territorial de Portugal

9 RETRATO TERRITORIAL DE PORTUGAL metropolitanas, o Cávado, o Ave, o Tâmega e Sousa e as duas regiões autónomas apresentavam assimetrias de densidade populacional entre áreas predominantemente urbanas e rurais superiores ao valor médio do país. Entre 2011 e 2016, apenas 34 municípios registaram uma evolução positiva da população, e destes, 15 em resultado de taxas de crescimento natural e migratório simultaneamente positivas Entre 2011 e 2016, apenas 34 municípios registaram uma evolução positiva da população tendo esta dinâmica oscilado entre uma taxa de crescimento anual médio de 0,001% (Lagoa, no Algarve) e de 1,42% (Arruda dos Vinhos, no Oeste). Em 15 municípios as taxas de crescimento natural e migratório foram, simultaneamente, positivas – municípios da Área Metropolitana de Lisboa (Alcochete, Amadora, Cascais, Loures, Mafra, Montijo, Odivelas, Oeiras, Seixal, Sesimbra e Vila Franca de Xira) e o município contíguo de Benavente (Médio Tejo), e ainda os municípios de Valongo (Área Metropolitana do Porto), Entroncamento (Lezíria do Tejo) e Santa Cruz (Região Autónoma da Madeira). Entre 2011 e 2016, a maioria dos municípios portugueses registou um aumento do índice de envelhecimento e em 2016 este era inferior à média nacional em municípios dos territórios metropolitanos centrados em Lisboa e Porto, do Algarve e das regiões autónomas Entre 2011 e 2016, apenas 15 municípios registaram um decréscimo do índice de envelhecimento – oito municípios do Alentejo, dois municípios do Interior Norte, dois do Algarve e dois da Região Autónoma dos Açores e ainda o município de Lisboa. Verificou-se um agravamento do índice de envelhecimento em 293 dos 308 municípios portugueses e, sobretudo, em municípios das sub-regiões do Interior Norte (Alto Tâmega, Terras de Trás-os-Montes e Douro) e Centro (Beiras e Serra da Estrela, Beira Baixa e Médio Tejo), destacando-se os municípios de Almeida, Vila de Rei, Oleiros, Penamacor e Castanheira de Pêra que registaram um aumento em mais de 100 idosos por 100 jovens. O índice de envelhecimento era mais elevado nos territórios rurais do que nos territórios urbanos, sendo esta assimetria mais acentuada nas sub-regiões Beira Baixa e Terras de Trás-os-Montes Em 2016, o envelhecimento demográfico era mais acentuado nas áreas predominantemente rurais (282 idosos por cada 100 jovens) do que nas áreas predominantemente urbanas (132) ou nas áreas mediamente urbanas (165). A assimetria entre territórios urbanos e rurais revelava-se mais intensa nas sub-regiões da Beira Baixa (125 vs. 682), Terras de Trás-os-Montes (136 vs. 563), Alto Tâmega (170 vs. 446) e Beiras e Serra da Estrela (160 vs. 423). Em 2016, 17 sub-regiões tinham um índice de envelhecimento acima da média nacional, e 11 apresentavam um índice de envelhecimento acentuado, com valores acima de 200 idosos por cada 100 jovens. Em 2016, apenas 32 dos 308 municípios portugueses registavam um índice de renovação da população em idade ativa acima de 100 Em 2016, o número de pessoas em idade potencial de saída (entre 55 e 64 anos) no mercado trabalho era compensado pelo número de pessoas em idade potencial de entrada (entre 20 e 29 anos) em apenas 32 dos 308 municípios do país, localizados maioritariamente nas regiões autónomas, na Área Metropolitana de Lisboa e na região Norte. Os valores mais elevados verificavam-se sobretudo nas regiões autónomas e, em particular, na Região Autónoma dos Açores: Ribeira Grande (169), Lagoa (153), Câmara de Lobos (145), Vila Franca do Campo (141) e Vila do Porto (127).

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM5MTA=