Revista Eletrónica do INE - agosto de 2024

76 77 INEWS Nº 60 A revista do INE INEWS Nº 60 A revista do INE Estatísticas do Turismo 2023 Novos passos para a medição da sustentabilidade do turismo Disponibiliza um vasto conjunto de informação sobre o turismo, proveniente de fontes diversas, com desagregação geográfica ao nível de Regiões NUTS II de Portugal. Nesta edição, foram introduzidas inovações de relevo, quer em termos da sistematização da informação, quer ao nível do conteúdo, em resultado da inclusão de novos indicadores, que se espera possam vir a integrar uma estrutura de medição da sustentabilidade do turismo, harmonizada entre os Estados-Membros da União Europeia. Os resultados estruturam-se em três capítulos temáticos: Enquadramento – Apresenta o contexto económico internacional e nacional, com base em informação de fontes diversas (Organização Mundial de Turismo, Eurostat, Fundo Monetário Internacional, Banco de Portugal, Segurança Social, entre outras), incluindo, ainda, informação sobre o Índice de Preços no Consumidor (IPC), o movimento de cruzeiros marítimos, as chegadas de turistas a Portugal e a remuneração bruta mensal por trabalhador nas atividades de Alojamento. Novidade: Avaliação do nível de concentração dos proveitos por segmento e região A nível do contexto nacional, é acrescentada uma análise à concentração dos proveitos dos estabelecimentos de alojamento turístico (hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural/habitação), por segmento e regiões NUTS II, do índice Herfindahl–Hirschman (IHH), indicador calculado com base nos proveitos totais dos referidos estabelecimentos. Oferta de alojamento turístico e ocupação – Divulga os resultados da oferta e ocupação para a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude) para os principais indicadores: hóspedes, dormidas, estada média e, no caso dos estabelecimentos de alojamento turístico, também taxa de ocupação, proveitos e rendimentos por quarto. –– Duas novas análises: dependência externa e sazonalidade No âmbito da oferta turística, acrescentam-se duas análises relevantes: a dependência dos meios de alojamento dos principais mercados internacionais e o padrão de sazonalidade da atividade dos estabelecimentos de alojamento turístico. Procura turística dos residentes – Integra informação detalhada sobre as deslocações dos residentes em Portugal, incluindo a caracterização das suas viagens em múltiplas vertentes (motivos das viagens, duração, meios de transporte, modalidade de organização, despesas), resultante do Inquérito às Deslocações dos Residentes. Sabia que em 2023… Estima-se que o número de chegadas de turistas não residentes a Portugal tenha atingido 26,5 milhões, correspondendo a um acréscimo de 19,2% face a 2022 (+7,7% relativamente a 2019). A generalidade dos meios de alojamento turístico registou aumentos de 12,5% no número de hóspedes e de 10,3% nas dormidas, totalizando 32,5 e 85,1 milhões, respetivamente. Estes números refletem crescimentos médios anuais de 2,4% e 2,3%, pela mesma ordem, desde 2019, evidenciando a retoma da atividade do setor depois da crise gerada pela pandemia COVID-19. Todas as regiões registaram acréscimos no número de dormidas, destacando-se o Oeste e Vale do Tejo (+18,2%), o Norte (+14,0%) e a Grande Lisboa (+11,8%) com as maiores variações, sendo menos expressivos no Algarve (+6,7%) e no Centro (+6,9%). O Reino Unido manteve-se como principal mercado emissor (18,0% do total de dormidas de não residentes) e registou um crescimento de 10,2% das dormidas (+5,9% face a 2019), seguido do mercado alemão (11,8% do total), que aumentou 12,4% (+5,9% em relação a 2019), mantendo a 2ª posição. Espanha manteve-se como 3º mercado emissor (10,6% do total), registando um acréscimo de 8,3% (+5,4% comparativamente com 2019). O índice de Herfindahl–Hirschman (IHH) revelou uma tendência de redução da concentração no setor, com pequenas oscilações no período da COVID-19, tendo atingido 28,5 (45,6 em 2013), o valor mais baixo neste período. Numa análise por segmento, o IHH foi mais baixo no alojamento local (20,0), seguindo-se a hotelaria (37,0) e o turismo no espaço rural e de habitação (47,4). A taxa de sazonalidade (peso relativo dos 3 meses de maior procura relativamente ao total anual), diminuiu para 36,9% e atingiu o valor mais baixo desde 2013. Este indicador foi mais elevado nos residentes (41,3%) do que nos não residentes (34,8%). 51,7% da população residente em Portugal efetuou pelo menos uma viagem turística, representando um acréscimo de 4,0 p.p. face a 2022 (mais 431,9 mil turistas), correspondendo a 5,3 milhões de indivíduos, ainda assim 2,1% abaixo do total de 2019.

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