78 79 INEWS Nº 60 A revista do INE INEWS Nº 60 A revista do INE Orçamentos Familiares – Inquérito às Despesas das Famílias 2022/2023 Esta publicação quinquenal divulga os resultados estatísticos relativos à estrutura das despesas dos agregados familiares residentes em Portugal, constituindo, assim, a edição mais recente da série de inquéritos sobre os orçamentos familiares, iniciada em Portugal na década de sessenta. ISSN 1647-0443 INQUÉRITO ÀS DESPESAS DAS FAMÍLIAS 2022 2023 Sabia que… Cerca de um terço do número de agregados familiares residentes em Portugal residia na região Norte (33,3% do total), seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (28,8%) e o Centro (21,9%) e aproximadamente 74% das famílias residiam em áreas predominantemente urbanas, 14,0% em áreas mediamente urbanas e 11,9% em áreas predominantemente rurais. A principal fonte de rendimento das famílias em todas as regiões NUTS II era o trabalho por conta de outrem (de forma mais acentuada na Área Metropolitana de Lisboa e nas Regiões Autónomas) e, no conjunto do país, o rendimento A informação estatística encontra-se organizada em três dimensões: a partição dos agregados familiares de acordo com diferentes características socioeconómicas, a despesa anual média por agregado familiar e, por fim, a evolução temporal da despesa média das famílias. Novidades ao nível da metodologia A publicação integra, ainda, um capítulo sobre a metodologia adotada, com a descrição dos aperfeiçoamentos metodológicos introduzidos relativamente à edição de 2015/2016, especialmente os decorrentes da utilização da Classificação do Consumo Individual por Objetivo (COICOP) 2018, de fatores de anualização dos dados recolhidos, do desenho amostral e do processo de calibragem dos ponderadores. Informação desagregada até subclasse da COICOP Adicionalmente, disponibilizam-se diversos quadros com os principais resultados do inquérito e respetivos coeficientes de variação, incluindo a despesa anual média dos agregados familiares até ao 4º nível de desagregação da COICOP. por conta de outrem era indicado por 54,1% das famílias como a sua principal fonte de rendimento. Por sua vez, o rendimento proveniente de pensões constituía a principal fonte de rendimento para 36,2% das famílias residentes em Portugal, com proporções superiores à média nacional no Alentejo (41,0%), no Centro (39,8%) e no Norte (36,7%). Cerca de metade das famílias residentes tinha um rendimento total médio superior à remuneração mínima nacional, mas inferior a três vezes esta remuneração mínima (27 930€); 24,7% entre 9 310€ e 18 620€, e 25,4% entre 18 620€ e 27 930€. Em comparação com as restantes regiões, a Área Metropolitana de Lisboa destacava-se por registar percentagens mais elevadas de famílias nos três últimos escalões de rendimento – mais de metade dos agregados familiares (52,2%), relativamente a uma média nacional de 44,4%. Para a maioria dos agregados familiares residentes em Portugal, o indivíduo de referência (o membro do agregado com a maior proporção de rendimento total líquido) era um homem, com uma proporção cerca de 1,5 vezes superior à dos agregados em que essa situação se referia a uma mulher. A maior parte dos indivíduos de referência dos agregados tinha entre 45 e 64 anos de idade (38,4% do total de agregados familiares); havia completado o 1º ou o 2º ciclo do ensino básico (34,1% do total de agregados familiares) e exercia uma profissão (61,9% do total de agregados familiares). A despesa total anual média por agregado residente em Portugal era de 23 900€. Do total de despesas, 39,3% (9 390€) destinavam-se a habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis. Estas despesas – em conjunto com as referentes a produtos alimentares e bebidas não alcoólicas: 12,9% (3 091€), e com as despesas em Transportes: 12,1% (2 888€) – concentravam cerca de 64% da despesa média anual do conjunto das famílias residentes no país. Entre 2000 e 2022/2023, o ganho de importância na estrutura da despesa média das famílias portuguesas dos encargos com a habitação praticamente duplicou, enquanto os encargos das famílias com vestuário e calçado perderam relevância na estrutura da despesa familiar.
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