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INE
WS
Nº18
dezembro’ 2013
©
INE, Lisboa Portugal, 2013
Como mudaram nos últimos 50 anos?
Famílias mais pequenas. Em 50 anos, as famílias
perderam em média 1,2 pessoas. As famílias são hoje
constituídas por 2,6 pessoas. Há 50 anos tinham 3,8.
No Portugal atual, cerca de 1/5 da população vive sozinha.
Há 50 anos eram apenas 12%.
Reforço da privacidade conjugal: Há menos casais,
com o sem filhos, a viver com outros familiares.
Uma diversidade mais acentuada das formas de viver em
família, quer em relação à conjugalidade (casamento "de
direito" e "de facto", casamento religioso ou civil), quer em
relação à parentalidade (aumento das famílias
monoparentais e recompostas).
Tratou-se de uma análise aprofundada que só foi
possível no contexto da colaboração criativa e eficiente
entre o INE e o OFAP-ICS.
O seminário contribuiu para uma leitura atualizada e
rigorosa da realidade social das famílias e das
tendências demográficas recentes. Mas também para a
comunicação e reconhecimento públicos do trabalho
realizado e da importância do entrosamento entre as
estruturas do INE e do Observatório/Universidade. Foi,
assim, uma experiência potenciadora de uma melhor
compreensão da realidade social e extremamente
gratificante para os especialistas envolvidos.
Não tenho dúvidas, por isso, que ao reforçar a
colaboração entre as duas entidades, foram também
projetadas as relações futuras entre o INE e esta
Universidade.
Karin Wall
Coordenadora do OFAP/ICS-ULisboa
O estabelecimento de parcerias entre o INE e outras entidades constitui
uma oportunidade para congregar sinergias e atingir resultados superiores
à mera soma das partes. Destas parcerias resultam mais-valias para a
sociedade, no domínio da disponibilidade e valorização da informação
estatística, como foi o caso deste Seminário.
O INE continuará, pois, a apostar neste tipo de cooperação, que lhe permite
cumprir a sua Missão de forma cada vez mais completa, contribuir para um
melhor conhecimento da sociedade, para uma tomada de decisão mais
fundamentada e responsável e para o desenvolvimento de cidadania ativa.
Num tempo em que as questões económicas e financeiras marcam o
quotidiano dos cidadãos, analisar a transformação da vida familiar e a
forma como vivemos hoje em família, pode afigurar-se, para alguns, como
algo supérfluo, não urgente… Não é, de facto, assim. Estas transformações
assumem particular significado e relevância para o nosso futuro coletivo,
no médio/longo prazo, porque estão a interferir na evolução do nosso
capital humano, no nosso crescimento potencial, no nosso modelo social,
em suma, no bem-estar futuro (senão já presente…) de todos os residentes
em Portugal.
Alda de Caetano Carvalho
Presidente do INE
O aumento da esperança de vida, a queda da fecundidade, o adiamento da parentalidade, ou a maior preponderância das uniões de
facto, são algumas das razões que têm conduzido a um processo de mudança progressivo e persistente em direção a novas formas
de viver em casal e em família.
Famílias em Portugal: como estão a mudar?