INE Nº2
WS
Dezembro’ 09
©
INE, Lisboa Portugal, 2009
4
Os inquéritos às famílias realizados pelos Institutos de Estatística têm
vindo a sofrer evoluções no sentido de poderem ser, em cada vez maior
número, realizados por entrevista telefónica (e, nos tempos correntes,
também já pela Internet). De notar que isso não significa o abandono
total da entrevista no domicílio, uma vez que pelo menos a primeira
entrevista é sempre “face a face”. Também os cidadãos que assim o
prefiram poderão continuar a responder
presencialmente, dado que o INE não lhes impõe a
resposta telefónica.
Em 2005, tiveram lugar as primeiras entrevistas
telefónicas realizadas pelo INE junto das famílias. Desde então, o número
de inquéritos pelo denominado método
CATI-Computer Assisted
Telephone Interview
, tem vindo a aumentar, com implicações muito
relevantes na organização interna e no reforço dos meios humanos e
técnicos afectos ao novo método de recolha de dados.
A recolha telefónica apresenta
inúmeras vantagens. Em primeiro
lugar, facilita o contacto com as
famílias, garantindo uma maior
flexibilidade no agendamento da
entrevista e uma menor invasão da
privacidade familiar. Além disso, a
recolha por telefone promove a
redução do tempo de inquirição,
pela utilização de um questionário
mais fluido e rápido de responder. Estas duas características contribuem
para diminuir a carga estatística sobre os respondentes.
A recolha telefónica permite, também, uma monitorização directa da
entrevista e uma supervisão mais eficaz (com a resolução imediata de
eventuais dúvidas, no local, por uma equipa de supervisores). Além disso,
garante maior uniformização de procedimentos, que se consegue pela
adopção de uma “entrevista por guião”, em que “todos os entrevistadores
fazem o mesmo”, e por uma maior padronização nas respostas.
Estas duas características estão na base do aumento da qualidade dos
resultados, reportado por outros países.
Por fim, trata-se de uma solução que, a prazo, é menos onerosa do que o
modo de inquirição presencial, havendo menores custos de deslocação dos
entrevistadores, maior produtividade e menores custos de transmissão de
dados.
Das cerca de 180 000 entrevistas conseguidas,
previsivelmente, pelo INE em 2009, cerca de 60
000 serão obtidas em modo CATI. Destas, cerca
de 15% correspondem ao Inquérito ao Emprego. O peso relativo do Inquérito
ao Emprego continuará a crescer em 2010.
I
NQUÉRITOS
ÀS
FAMÍLIAS
E
ENTREVISTA
TELEFÓNICA
INE
WS
Evolução da Recolha Telefónica
de 2005 a 2009 (perspectiva)
32%
0% 2%
10%
24%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
2005
2006
2007
2008
2009
Recolha Telefónica (%)
O
S
INSTITUTOS DE
ESTATÍSTICA APOSTAM
,
CADA VEZ MAIS
,
NAS
ENTREVISTAS
TELEFÓNICAS
A Recolha Telefónica representou, em 2008, 24% da
informação recolhida pelo INE por entrevista às famílias.
Prevê-se que a Recolha Telefónica atinja, em 2009,
mais de 30% da informação recolhida junto das famílias,
devido à entrada do Inquérito ao Emprego