Page 6 - Revista Eletr

Basic HTML Version

INE
WS
Pela sua complexidade e abrangência, o processo de transição da
entrevista presencial para a telefónica obriga ao desenvolvimento de
inúmeras actividades, das quais se destacam:
Definição de um programa de testes, de modo a permitir distinguir e
quantificar os vários efeitos em presença, como o efeito-amostra e o
efeito-questionário, entre outros. Com este propósito, foi construída
uma amostra nova, independente da amostra do IE actual
(presencial), cujas famílias serão inquiridas neste novo modo, para
deixar “intocados” os resultados do IE durante a fase de testes.
Construção de um questionário novo, adaptado a uma entrevista por
telefone.
Aquisição de todo o equipamento necessário, desde a montagem de
um Centro de Contactos até ao desenvolvimento do software de
suporte às entrevistas presenciais e por telefone e ao manuseamento
dos dados.
Contratação e formação de entrevistadores novos, para conduzirem
as entrevistas às famílias da amostra nova.
Transposição de todas as rotinas de estimação e de apuramento para
o novo referencial.
Análise dos resultados dos testes.
Neste modo de recolha, o carácter semi-longitudinal do IE é preservado,
continuando os indivíduos a ser entrevistados em seis trimestres
consecutivos. A primeira entrevista é presencial (modo CAPI) e as cinco
entrevistas seguintes são conduzidas por telefone (modo CATI), salvo
indicação contrária ou impossibilidade por parte das famílias.
As principais características do IE são mantidas, nomeadamente os
objectivos, o desenho amostral, a periodicidade, o âmbito, o esquema de
rotações, o seu carácter contínuo, os temas cobertos pelo questionário,
os conceitos e a idade de referência da população activa.
6
O
PROCESSO
DE
TRANSIÇÃO
No entanto, a alteração do modo
de recolha e a utilização de um
novo questionário (
ver
Caixa
)
contribuem para a possibilidade
de vir a ocorrer uma quebra de
série nos resultados do IE quando
se proceder à passagem definitiva
do modo de recolha actual para o
modo de recolha telefónico. Ainda
assim, em termos da informação
disponibilizada, as alterações são
marginais.
A adaptação do questionário ao modo telefónico e a oportunidade para
proceder à sua racionalização implicaram a eliminação de algumas
questões, mantendo-se, todavia, as que permitem dar resposta às
obrigações comunitárias e satisfazer a generalidade das necessidades de
informação manifestadas pelos utilizadores em Portugal.
Alguns grupos etários de referência também foram ligeiramente alterados.
É o caso da adopção da restrição dos 15 aos 74 anos para os desem-
pregados (anteriormente, de 15 ou mais anos) e da restrição dos 15 ou
mais anos para questões sobre a educação e formação (anteriormente, de
5 ou mais anos), ambas em sintonia com as adoptadas na generalidade
dos países da União Europeia.
Em tudo resto, a informação disponibilizada mantém-se inalterada,
continuando a ser possível fazer uma leitura temporal das variáveis core do
IE e mantendo-se a generalidade dos temas cobertos, dos conceitos e dos
grupos etários de referência.
INE Nº2
WS
Dezembro’ 09
©
INE, Lisboa
Portugal, 2009