SÍNTESE INE@COVID-19, 21-jul-2020

www.ine.pt Serviço de Comunicação e Imagem | tel: +351 21 842 61 00 | sci@ine.pt SÍNT S IN @ COVID-19 21. julho . 2020 pág. 5/15 Redução intensa da atividade económica em junho, mas menor que nos dois meses anteriores Em junho, os indicadores de confiança dos consumidores e de clima económico na Área Euro (AE) recuperaram de forma mais intensa, em termos homólogos, do que no mês precedente, embora mantendo-se em níveis historicamente baixos. Os preços das matérias-primas e do petróleo apresentaram variações em cadeia de 3,4% e 32,8%, respetivamente (4,1% e 59,3% em maio). Em Portugal, a informação disponível continua a revelar uma contração intensa da atividade económica em junho (embora menor do que a registada no mês anterior): • O indicador de clima económico continuou a recuperação iniciada em maio, após ter atingido em abril o valor mais baixo da série; • O indicador de confiança dos Consumidores também continuou a recuperar da diminuição abrupta registada em abril, quando atingiu o valor mais baixo desde maio de 2013; • O indicador de confiança da Indústria Transformadora registou em junho o maior aumento da série, recuperando, muito parcialmente, das diminuições observadas nos quatro meses anteriores que resultaram no mínimo histórico da série atingido em maio. Este registo deveu-se sobretudo ao aumento das expectativas de produção da empresa, embora as restantes componentes do índice – opiniões sobre a evolução da procura global e apreciações relativas aos stocks de produtos acabados – também tenham evoluído positivamente; • O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas recuperou parcialmente, em junho, da diminuição mais acentuada da série registada emabril, refletindo o significativo contributo positivo de ambas as componentes: apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego; • O indicador de confiança do Comércio também continuou a aumentar (após ter registado em abril o valor mínimo e a maior diminuição da série), em reflexo do acentuado contributo positivo das perspetivas de atividade nos próximos três meses e, commenor expressão, das apreciações relativas ao volume de stocks ; ao invés, as opiniões sobre o volume de vendas contribuíram negativamente; • O indicador de confiança dos Serviços também aumentou em junho, após ter diminuído entre fevereiro e maio, quando atingiu o mínimo histórico da série. O comportamento do indicador resultou sobretudo da melhoria das opiniões sobre a atividade da empresa, ainda que também das perspetivas sobre a evolução da procura; as apreciações sobre a evolução da carteira de encomendas, pelo contrário, contribuíram negativamente. O indicador de atividade económica relativo amaio recuperou ligeiramente do valor mínimo registado emabril. Por componentes na ótica da despesa: • O indicador quantitativo de consumo privado apresentou em maio uma diminuição homóloga um pouco menos intensa que a verificada em abril, quando atingiu a menor taxa de variação mínima da série; • O indicador de investimento também registou uma redução menos negativa do que a observada no mês anterior, a mais expressiva desde janeiro de 2013. Vendas de automóveis ligeiros de passageiros (variação homóloga) -56,3% -100,0 -80,0 -60,0 -40,0 -20,0 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 jun-05 dez-06 jun-08 dez-09 jun-11 dez-12 jun-14 dez-15 jun-17 dez-18 jun-20 vh/% As vendas de automóveis ligeiros de passageiros diminuíram em junho 56,3% em termos homólogos, após reduções de 87,0% e 74,8% em abril e maio, respetivamente.

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