As previsões agrícolas, em 31 de maio, apontam para uma diminuição muito significativa no rendimento unitário da cereja (-50% face a 2015), o que representa uma das piores campanhas das últimas três décadas. As condições climatéricas do inverno (pouco frio), aliadas à precipitação persistente na altura da floração e vingamento, contribuíram decisivamente para este cenário. Também no pêssego se estima uma redução de 20% na produtividade. Em sentido inverso, os cereais de outono/inverno deverão registar aumentos generalizados nas produtividades (5% no centeio, 15% no trigo mole, 20% no trigo duro e na cevada e 30% no triticale e na aveia).
As sementeiras e plantações das culturas de primavera/verão têm sido francamente condicionadas pela instabilidade atmosférica, havendo ainda áreas consideráveis de milho para grão, arroz e tomate para a indústria por instalar. Prevê-se uma redução na área semeada de milho para grão (-10 mil hectares), cultura que continua com preços pouco apelativos no mercado mundial. No arroz, a redução prevista é menos significativa (-5% face a 2015), enquanto no tomate para a indústria e na batata de regadio não se preveem alterações na área instalada face à campanha anterior.