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Conjuntura Económica: Recuperação parcial em maio face ao mês anterior
Síntese Económica de Conjuntura
Conjuntura Económica: Recuperação parcial em maio face ao mês anterior - Maio de 2020
19 de junho de 2020

Resumo

Em maio, os indicadores de confiança dos consumidores e de sentimento económico na Área Euro (AE) recuperaram parcialmente dos agravamentos observados em abril. Os preços das matérias-primas e do petróleo apresentaram variações em cadeia de 2,2% e 59,3%, respetivamente (-4,0% e -56,6% em abril).
Em Portugal, não considerando médias móveis de três meses (ver secção seguinte), a informação disponível revela uma contração menos intensa da atividade económica em maio, quando comparada com o mês anterior. Os indicadores de confiança dos Consumidores e de clima económico recuperaram parcialmente em maio das fortes reduções em abril. Por setores de atividade, os indicadores de confiança aumentaram de forma moderada na Construção e Obras Públicas e no Comércio mas diminuíram novamente na Indústria Transformadora e nos Serviços atingindo novos mínimos.
O montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais de pagamento automático na rede multibanco diminuiu 26,6% em maio, em termos homólogos, após ter registado a maior redução da série em abril (-38,6%). As vendas de veículos automóveis registaram taxas de variação homóloga de -74,8% nos automóveis ligeiros de passageiros, -51,3% nos comerciais ligeiros e -68,5% nos veículos pesados (-87,0%, -69,9% e -72,7% em abril, respetivamente).
De acordo com o Inquérito Rápido e Excecional às Empresas (COVID-IREE), promovido pelo INE e Banco de Portugal com frequência semanal, os resultados apontam para uma melhoria da situação das empresas na primeira quinzena de junho. A percentagem de empresas em funcionamento aumentou de 92% na 2ª quinzena de maio para 95% na 1ª quinzena de junho, salientando-se o setor do Alojamento e restauração, onde a percentagem aumentou de 59% para 77%. Face à situação que seria expectável sem pandemia, 68% das empresas reportaram um impacto negativo no volume de negócios (compara com 73% na quinzena anterior). O Alojamento e restauração e os Transportes e armazenagem foram os setores onde mais empresas reportaram reduções no volume de negócios (88% e 77%, respetivamente). 
De acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (15 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi de 6,3% em abril, mais 0,1 pontos percentuais (p.p.) que o valor definitivo registado em março (6,6% em abril de 2019). A estimativa provisória da taxa de subutilização do trabalho ascendeu a 13,3%, aumentando 0,9 p.p. face ao mês anterior e 0,3 p.p. face a abril de 2019. Em abril, a estimativa para a população empregada (15 a 74 anos), também ajustada de sazonalidade, diminuiu 1,2% face ao mês anterior e 1,8% em termos homólogos (variação homóloga de -0,5% em março).
A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) situou-se em -0,7% em maio ( 0,2% em abril), observando-se uma taxa de variação de -2,1% na componente de bens (-1,2% no mês anterior) e de 1,2%, tal como no mês anterior, na componente de serviços.

Apesar das circunstâncias determinadas pela pandemia COVID-19, o INE irá procurar manter o calendário de produção e divulgação, embora seja natural alguma perturbação associada ao impacto da pandemia na obtenção de informação primária. Por esse motivo apelamos à melhor colaboração das empresas, das famílias e das entidades públicas na resposta às solicitações do INE, utilizando a Internet e o telefone como canais alternativos aos contatos presenciais. A qualidade das estatísticas oficiais, particularmente a sua capacidade para identificar os impactos da pandemia Covid19, depende crucialmente dessa colaboração que o INE antecipadamente agradece.


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