A informação quantitativa mais recente disponível revela diferentes dinâmicas da evolução de indicadores nominais e reais, em particular na indústria, refletindo sobretudo fortes crescimentos dos preços implícitos. O índice de preços na produção da indústria transformadora acelerou em setembro para uma taxa de variação homóloga de 10,0% (9,2% no mês anterior), registando o crescimento mais elevado da presente série, refletindo o forte crescimento dos preços dos bens energéticos e dos bens intermédios. Os preços da produção de bens de consumo aumentaram consideravelmente abaixo das outras componentes, registando uma variação homóloga de 2,4%. Já em agosto, os indicadores de curto prazo (ICP) relativos à atividade económica na perspetiva da produção apontavam para uma aceleração em termos nominais, enquanto em termos reais se observou uma redução do índice de produção industrial e uma aceleração na construção, superando os níveis do período homólogo de 2019 neste último caso. Também no caso das exportações e importações de bens em termos nominais, os níveis registados em agosto foram superiores aos do período homólogo de 2019. Os indicadores quantitativos de síntese (atividade económica, consumo privado e investimento) apresentaram em agosto de 2021 crescimentos inferiores aos observados em julho. Em setembro, o indicador de clima económico diminuiu, apresentando um comportamento irregular desde julho quando se interrompeu a recuperação observada desde março.
De acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (16 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi 6,4% em agosto, menos 0,2 pontos percentuais (p.p.) que no mês anterior (7,0% em maio e 8,2% em agosto de 2020). A taxa de subutilização do trabalho (16 a 74 anos) situou-se em 12,6%, valor idêntico ao do mês de julho (15,5% no período homólogo de 2020).
Diferentemente dos índices de preços na produção, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) manteve-se em 1,5% entre julho e setembro.
