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Resumo
No plano interno, o indicador de clima, com informação até Julho, continuou a agravar-se, atingindo o pior valor desde o início de 2004 e o indicador de actividade económica estabilizou em Junho. No entanto, a generalidade da informação quantitativa revelou para o mesmo mês uma situação menos desfavorável em todos os sectores. O consumo privado acelerou em Junho, fruto do contributo positivo da sua componente de bens duradouros, especialmente a automóvel, não se prevendo, porém, que seja uma melhoria sustentada. No investimento, o indicador de FBCF desagravou-se em Julho, o que resultou da evolução positiva da componente de material de transporte e da menor intensidade da quebra da componente de construção. Os dados do comércio internacional, disponíveis até Maio, revelaram um novo abrandamento das importações e uma contracção das exportações. A informação quantitativa de Junho relativa ao mercado de trabalho não aponta para um agravamento, porém as expectativas dos agentes económicos reveladas em Julho deterioraram-se. A inflação foi de 2,2% em Julho, mais 0,6 p.p. do que no mês anterior, dada a forte aceleração dos preços dos bens, principalmente dos combustíveis, e dos serviços. Estas acelerações também terão sido resultantes de um primeiro impacto do aumento do IVA sobre os preços e, em menor grau, de um efeito de base desfavorável associado ao Euro 2004.