Table of Contents Table of Contents
Previous Page  8 / 40 Next Page
Basic version Information
Show Menu
Previous Page 8 / 40 Next Page
Page Background

FI

n.º 54

08

FI n.º 54

O valor do

trabalho

em

rede

A simbologia associada à “rede” é importante para compreender

o alcance do seu conceito: a rede não é apenas uma soma de cordas.

É uma maneira de entrelaçar as cordas de tal forma que, unidas,

conseguem desenvolver potencialidades e qualidades que vão além

das capacidades individuais de cada uma delas. Isto é, o trabalho

em rede, além de ser uma forma privilegiada de somar forças é,

também, uma maneira de trabalhar de forma articulada, o que

permite desdobrar as habilidades dos parceiros envolvidos,

garantindo mais eficácia no trabalho, desenvolvido em ambiente

colaborativo, e uma maior eficiência nos resultados.

Infindável “

Espiral do conhecimento

De acordo com o modelo dinâmico de criação de conhecimento de

Nonaka e Takeuch, a inovação pode ser entendida como um processo

de aprendizagem interativa entre diferentes indivíduos ou

organizações que lidam com informações e conhecimentos

diversificados, por resultar basicamente da criação de conhecimento

novo ou da (re)combinação de conhecimento e soluções existentes.

Embora esse processo possa resultar de ações individuais, ele é

fortemente estimulado quando implica o cruzamento de mundividências

de vários indivíduos, resultante de discussões e iniciativas

multidisciplinares de grupo ou em rede.

O trabalho em rede

promove a

inovação

Portanto, o modelo defendido está ancorado

no pressuposto crítico de que o conhecimento

humano é criado e expandido por meio da interação

social entre o tácito (conhecimento subjetivo, inerente às

competências pessoais do indivíduo, às suas perceções e

ideias, adquirido em diferentes experiências ao longo da vida)

e o explícito (conhecimento objetivo e formal, declarado e

registado em diferentes ferramentas e suportes, passível

de fácil transmissão e partilha).

Nonaka e Takeuch defendem que “na visão racionalista, a

cognição humana é um processo dedutivo de indivíduos,

mas um indivíduo nunca é isolado da interação social quando

percebe as coisas". Assim, concluem que “por meio do processo

de conversão social, o conhecimento tácito e o conhecimento

explícito se expandem tanto em termos de qualidade quanto

de quantidade.”

»

(cont.)

10

ANOS