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FI66

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O Escrutínio da Sociedade (II)

A

pós o intervalo desenvolveu-se o painel Escrutínio da Sociedade (II). Moderado por

Helena Cordeiro

, Vogal

do Conselho Diretivo do INE, contou com as intervenções de

Ferreira do Amaral

(Professor universitário,

ISEG);

Francisco Lima

(Professor universitário e investigador, IST) e

Sérgio Aníbal

(Jornalista do Público).

D

evido à sua ligação ao INE no âmbito da produção das Contas Nacionais e a uma experiência de

várias décadas como utilizador, enquanto economista, investigador, analista económico, consultor, …,

Ferreira do Amaral

reconheceu que “o progresso no SEN é de tal forma extraordinário que abafa

qualquer visão crítica”, considerando mesmo “surpreendente como o INE se adaptou ao novo contexto

decorrente da adesão à UE e às consequências da globalização”, que, a seu ver, implicaram uma

“dramática adaptação a estratégias, planos e metodologias comunitárias que requerem um grande

rigor, sob o escrutínio de entendidos e de não entendidos (grande público) na matéria”.

A

ssociada a esta problemática, destacou

a existência de “conceitos políticos que não

se entendem bem em termos estatísticos,

dado dependerem de critérios obscuros

e de grande carga subjetiva, como é o

caso do saldo estrutural, assim como de

conceitos desadequados, devido a alterações

institucionais, como investimento público”,

aconselhando os INEs do SEE a “reverem

esta problemática”. Na sua opinião, a nível

das infraestruturas esta questão assume

grande relevância, refletindo-se no próprio

Orçamento de Estado.

F

erreira do Amaral

concluiu enfatizando

que “é preciso compreender que a

informação estatística e a metainformação

condicionam a análise económica e a

capacidade de tirar conclusões a esse nível”.

“O progresso

é de tal forma

extraordinário

que abafa

qualquer

visão crítica”

Garantir a independência face aos poderes instalados

C

omo chamadas de atenção ou pontos de reflexão, evidenciou o facto de a UE constituir um espaço político onde estão em causa

poderes políticos, considerando essencial, por isso, continuar a garantir a independência dos SEN face aos poderes instalados.