RIIBES - Folha Informativa n.º 51 - page 16

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n.º 51
A disponibilidade de produtos hortícolas e de fruta continua a ser preocupantemente
baixa, sendo para as leguminosas quase metade do que seria desejável. Ainda assim,
a disponibilidade de produtos hortícolas aumentou entre 2008 e 2012, certamente pela
interiorização, por parte dos consumidores, do papel importante que estes alimentos
têm na promoção da sua saúde.
Sopa eleita para consumir hortícolas
Os aspetos económicos podem ter, também, alguma responsabilidade neste resultado, na
medida em que uma forma de consumo destes alimentos privilegiada pelos portugueses é sob
a forma de sopa, tipo de confeção que confere saciedade, a um custo relativamente reduzido.
Decréscimo preocupante da disponibilidade de fruta…
Já o decréscimo da disponibilidade de fruta deve ser vista com apreensão, uma vez que a
disponibilidade que já era baixa – diminuiu ainda mais. Muitos frutos à venda em Portugal
são importados, apresentando um preço mais elevado. O facto de as famílias se cingirem aos
frutos da época, significa que, em cada momento, adquirem menor variedade de frutos e,
consequentemente, irão igualmente consumi-los em menor quantidade.
Atendendo à sua riqueza nutricional e à sua composição em fitoquímicos, é realmente alar-
mante que a disponibilidade dos hortofrutícolas se mantenha tão baixa.
…e da disponibilidade de leguminosas secas
É igualmente preocupante o decréscimo da disponibilidade das leguminosas secas, que contri-
buiu para agravar ainda mais o défice deste grupo relativamente às recomendações. Sob o ponto
de vista do aporte proteico, as leguminosas secas, associadas aos cereais, constituem alternativas
saudáveis e económicas ao consumo de alimentos do grupo da carne, pescado e ovos. É premente
investir ainda mais na educação alimentar dos consumidores relativamente aos benefícios do
consumo de leguminosas na promoção da saúde e diminuição do risco de doenças crónicas.
Redução no consumo de frutos secos com efeito cardioprotetor
Uma nota final relativa à redução considerável nos frutos “secos”: efetivamente, estes alimentos
são fonte de proteína, fibra alimentar e gorduras benéficas (monoinsaturada e ácidos gordos
da série ómega-3). Estudos epidemiológicos têm
demonstrado que o consumo moderado,
mas regular, destes alimentos tem efeito
cardioprotetor.
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